Coletiva de imprensa realizada pela CNseg nesta quinta-feira (08), no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
Coletiva de imprensa realizada pela CNseg nesta quinta-feira (08), no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Mercado deve alcançar participação equivalente de 6,4% do PIB no ano

O setor segurador vai encerrar o ano de 2022 com crescimento na arrecadação de 17,1% (sem Saúde Suplementar), e em 12,9% considerando o segmento. O maior destaque para esta expansão é o segmento de Danos e Responsabilidades que deve subir 25,2%, enquanto a projeção para Cobertura de Pessoas (seguros de Vida e Planos de Previdência) é de 13,1%. Capitalização tem previsão de fechar o ano com alta de 18,2% e para Saúde Suplementar a projeção é de 7,7% de expansão. 

Em coletiva de imprensa realizada no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, também fez projeções para 2023. Para ele, o PIB do próximo ano alcançará 2,2% de expansão. Diante disso, a CNseg estima que a arrecadação do mercado segurador vai crescer 10% no próximo ano, já incluindo Saúde. “A aprovação da PEC da Transição e a implementação das medidas fiscais previstas permitirão uma ampliação da renda disponível das famílias e o aumento do investimento público, provocando um aumento da atividade econômica em 2023. Estamos otimistas para o próximo ano”, afirma. 

Em 2022, o mercado brasileiro de seguros vai encerrar com participação equivalente de 6,4% do PIB, repetindo o mesmo nível do ano passado. No entanto, para 2023, a CNseg já projeta expansão para 6,6%. 

Acumulado até outubro de 2022

Entre janeiro e outubro, o pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios somou R$ 182,9 bilhões, alta de 18% na comparação com o mesmo período de 2021, sem considerar Saúde Suplementar. Até outubro, os produtos que mais pagaram foram Família VGBL (48,9%), Automóvel (13,9%), Capitalização (9,9%), Rural (5,5%), Família PGBL (5,1%) e Vida (3,7%). 

“A indústria seguradora tem uma característica social positiva, repondo rapidamente a renda de uma pessoa, famílias ou empresas, estabilizando a qualidade de vida em momentos de adversidade. Os números mostram que o setor desempenhou bem o seu papel, ajudando diretamente os segurados que consideraram esses produtos como parte do planejamento financeiro e, indiretamente, a sociedade e a economia”, avalia o presidente da CNseg. 

Sem considerar Saúde Suplementar, a arrecadação até outubro de 2022 totalizou R$ 294,6 bilhões, variação de 17,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

“O segmento Família VGBL foi responsável por 33,4% da evolução nos dez primeiros meses do ano. Automóvel representou 23,5% e Rural 7,7%. Capitalização impulsionou a alta de 7,5% e Vida, 7,0%. Todos esses dados são do acumulado até outubro deste ano na comparação com igual período de 2021”, destaca. 

O fechamento de 2022 será conhecido até o fim do primeiro quadrimestre de 2023, a partir da divulgação da base de dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Campanha

O presidente da CNseg explicou que a campanha publicitária “Seguros, Previdência Privada, Saúde e Capitalização. Pra tudo e pra todos”, veiculada em diversas mídias durante o segundo semestre de 2022, representou uma virada estratégica da comunicação do setor. 

“A campanha vem para mostrar a necessidade de uma linguagem mais assertiva e didática. Isso vai ajudar a sociedade a entender a relevância do setor para o seu dia a dia, entendendo que tem seguro “pra tudo e pra todos” os bolsos. É importante destacar que temos espaço para crescer. Hoje somente 30% da frota nacional é segurada e apenas 14% dos lares contam com seguro residencial. Destaco ainda que apenas 13% da população economicamente ativa tem previdência privada. O desafio é superar as barreiras de desigualdade e acesso para que esse produto chegue a mais pessoas”.

Iniciativa do Mercado de Seguros

Um grande destaque do ano foi a implantação da Iniciativa de Mercado de Seguros (IMS), criada em setembro e composta por representantes do governo e da iniciativa privada para melhorar o ambiente regulatório e a estrutura competitiva do setor, Oliveira avalia que é uma contribuição para o marco regulatório do setor. 

“Até então as demandas do setor eram discutidas junto com as do mercado de capitais. Agora temos um fórum próprio. Com esse espaço, conseguimos mostrar que há uma série de medidas com impacto relevante na concessão de crédito, na redução de custos, no ganho de eficiência e de competitividade e para o ingresso de novos entrantes”, explica.

Abaixo seguem as propostas aprovadas no IMS: 

Fides 2023

De 24 a 26 de setembro, o Rio de Janeiro será sede da 38ª Conferência Hemisférica das Seguradoras, Fides 2023, que terá como mote “Seguros para um mundo mais sustentável”. A última edição aconteceu na Bolívia, em 2019.

“Será a volta do evento em formato presencial. A Fides é uma grande plataforma de negócios que permite a viabilização de negócios com as maiores seguradoras e resseguradoras do Brasil e da América Latina. A estimativa é a de recebermos mais de 1,5 mil participantes. A agenda da Fides Rio 2023 está alinhada às diretrizes da CNseg de zelar pela imagem institucional do setor, estimular seu desenvolvimento e promover o intercâmbio entre os mercados regionais”, finaliza Oliveira.

Fonte: CNseg, 08/12/2022.

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