Procura por seguros cibernéticos cresce mais de 40% no 1º trimestre, diz pesquisa

Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras, as empresas brasileiras registraram um investimento recorde no serviço

Mas, apesar dos bons resultados do setor, o especialista em tecnologia Arthur Igreja ainda vê “tímido” o mercado de seguradoras cibernéticas no país.

As empresas brasileiras nunca estiveram tão preocupadas com ataques hackers, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

De acordo com o levantamento da confederação, a procura por seguros cibernéticos cresceu 41,5% nos primeiros três meses de 2022, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

O estudo obtido com exclusividade pela CNN mostra que as empresas brasileiras gastaram, no período, aproximadamente R$ 34,5 milhões em seguros contra ciberataques. Somente em março, as seguradoras do setor arrecadaram R$ 13 milhões.

“Ainda teremos um crescimento grande do setor. Os ataques cibernéticos têm sido cada vez mais frequentes e a proteção oferecida pelo seguro é uma tranquilidade a mais para as empresas evitarem maiores prejuízos”, afirma Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.

Os seguros cibernéticos tiveram um “boom” de procura desde o início da pandemia de Covid-19, crescimento influenciado pelo isolamento social e, consequentemente, pela introdução do trabalho híbrido.

De acordo com o especialista em tecnologia Arthur Igreja, com o aumento no número de acessos externos à rede das empresas, os sistemas ficaram mais vulneráveis.

“A pandemia trouxe a hiperdigitalização, o crescimento dos canais digitais, do e-commerce, ou seja, tornou-se um canal cada vez mais importante para o fluxo de receita da empresa. O trabalho remoto também adotado pelas empresas aumentou a necessidade dos seguros, já que o aumento dos acessos externos facilita a vida dos hackers”, disse o especialista.

Apesar dos bons resultados do setor, Arthur Igreja ainda vê “tímido” o mercado de seguradoras cibernéticas no Brasil.

“Comparando com o tamanho deste mercado globalmente, fica evidente que as companhias brasileiras ainda não estão fazendo esse tipo de investimento, não fazem essa proteção específica. Por fim, podemos dizer que teremos um crescimento grande. Mas, infelizmente, mais pela dor, com mais empresas afetadas e tendo suas imagens arranhadas”, finalizou Igreja.

Fonte: CNN, 26/05/2022.

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