Lideranças do seguro avaliam as perspectivas do setor no tradicional almoço de fim de ano no Copacabana Palace

O tradicional almoço de final de ano das lideranças do mercado segurador no Copacabana Palace foi realizado pela CNseg na quinta-feira, 8 de dezembro.

Contando com a participação de mais de 200 lideranças, o evento foi aberto pelo presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, que afirmou que o foco de sua gestão é “trazer o seguro para o dia a dia das pessoas, promovendo o setor e a democratização do seu acesso”. E, nesse sentido, destacou o trabalho da Confederação no seu reposicionamento estratégico em termos institucionais e de comunicação, visando aproximar a temática do seguro ao cotidiano das pessoas. “Em 2022, de maio a novembro, tivemos, na imprensa, a publicação de 3,1 mil matérias sobre seguro, envolvendo pautas estratégicas sobre produtos, aspectos regulatórios, grandes números, projeções de crescimento, casos de sucesso e demandas do consumidor, entre outros temas”, afirmou ele, informando que o volume dessas publicações cresceu quase 20% em relação ao mesmo período de 2021. “Onde houver espaço para promover o seguro, estaremos presentes”, concluiu. 

Dyogo também elencou algumas entregas nos 226 dias de sua gestão, destacando a campanha institucional “Seguros pra tudo e pra todos”, que já alcançou 188 milhões de brasileiros com uma mensagem inclusiva em relação ao seguro. Seguro, cujo setor, como lembrou, devolve à sociedade, anualmente, quase 500 bilhões em indenizações, benefícios e resgates, gera cerca de 250 empregos, recolhe mais de 60 bilhões em tributos e, como investidor institucional, financia 23,4% da dívida pública nacional, com ativos financeiros na ordem de R$1,7 trilhão. 

O presidente da CNseg citou, ainda, as 31 propostas para o desenvolvimento brasileiro e do setor segurador entregues aos candidatos à Presidência da República; a criação do grupo de trabalho no âmbito do Ministério da Economia denominado “Iniciativa de Mercado de Seguros”, para discutir com representantes do setor medidas de incentivo ao setor de seguros; e o open insurance, uma iniciativa que vai possibilitar que clientes autorizem o compartilhamento de seus dados entre sociedades seguradoras, trazendo novos avanços para o mercado de seguros.

A Conferência FIDES 2023, que a CNseg realizará em setembro do próximo ano, no Rio de Janeiro, com representantes dos mercados de seguro de toda a América Latina, além de Estados Unidos e Espanha, também foi citada por Dyogo, que afirmou que será um importante momento para estabelecer conexões empresariais, atualizar conhecimentos e viabilizar negócios. 

O desafio de levar o seguro a novas camadas da população  

O presidente do Conselho Diretor da CNseg, Roberto Santos, citou o processo de transição digital que o setor atravessa, incorporando ações de transparência para que os consumidores possam ser melhor informados. “Estamos dando um passo sem volta no processo de empoderamento do consumidor e nosso maior desafio é penetrar em camadas da população que ainda não possuem os nossos produtos”, declarou. Roberto Santos também informou que o setor deve encerrar o ano registrando um crescimento na casa dos dois dígitos, “algo incomum em outras indústrias”. E, para 2023, sua expectativa é que continue a crescer acima do PIB, “apesar do quadro desafiador que se apresenta, tanto interna, quanto externamente”. 

O diálogo como viabilizador das entregas para o setor 

Também presente à confraternização, o superintendente da Susep, Alexandre Camillo, afirmou que, por meio do diálogo, e com o apoio do competente e comprometido corpo de servidores da autarquia, sua gestão conseguiu gerar várias entregas para o setor. E, entre essas entregas, citou as alterações no Sistema de Registro de Operações (SRO), o projeto de modernização do envio de dados à SUSEP pelo mercado supervisionado; a publicação da Circular 666, “que coloca a Susep na vanguarda do tema da sustentabilidade”; e o lançamento do “Painel de Inteligência do Mercado de Seguros”, a interface gráfica, em estilo dashboard, que fornece visualizações rápidas e intuitivas de dados estatísticos do mercado segurador. 

A capacidade de resposta, solidez e solidariedade do setor latino-americano 

O presidente da Federação Interamericana de Seguros (FIDES), Rodrigo Bedoya, convidado internacional do almoço, trouxe mais alguns detalhes sobre a FIDES Rio 2023, considerada por ele como “muito especial”, devido à importância do mercado segurador brasileiro. Ele lembrou que na última Conferência, realizada em 2019, na Bolívia, não se podia imaginar ainda todo o impacto da pandemia, mas que, desde então, o setor regulador latino-americano tem demonstrado toda a sua capacidade de resposta, solidez e solidariedade. 

A importância da regulação para os setores regulados 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também esteve presente no almoço, representada por seu diretor Maurício Nunes, que afirmou que o setor de saúde suplementar vive um momento de transição que chega o ponto de disrupção, impondo a necessidade de se pensar em novas formas de atuação. “A pandemia acelerou o processo de mudanças estruturais, fortalecendo a telemedicina, entre outros avanços tecnológicos”. Ele também citou o papel central da regulação na pavimentação econômica para os setores regulados, lembrando que, em 2022, foi rompida a marca de 40 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares e de 30,5 milhões de planos exclusivamente-odontológicos no Brasil.  

Após o almoço das lideranças, os presidentes da CNseg e das Federações associadas participaram de coletiva de imprensa para apresentar os resultados do setor em 2022 e as projeções para 2023 (clique aqui para conferir a matéria).  

Fonte: CNseg, 12/12/2022.

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