Há 50 anos que o mercado de seguros tem o monopólio do ensino nas mãos da ENS – Escola de Negócios e Seguros – especialmente para a habilitação dos profissionais da corretagem. Nada de mal nisso, muito pelo contrário. A ENS tem alto nível de excelência, reconhecida muitas vezes pelo Enade com as melhores notas de avaliação. Ainda assim, a Fundação Getúlio Vargas enxergou espaço para mais uma escola, e viu aí a oportunidade de abrir um novo curso, oferecendo como diferenciais aos futuros corretores uma carga horária mais flexível, a preços acessíveis. Experiência não falta à FGV: atualmente a Fundação Getúlio Vargas aplica os exames da OAB e do ENEM.
“O corretor precisa ser tratado com muito carinho nesse momento em que o mercado acelera as mudanças em seu marco regulatório, em meio a tantas outras transformações que ainda vamos vivenciar”, disse Maria Alicia Lima Peralta, coordenadora executiva do Exame Nacional da FGV Conhecimento. Para garantir uma qualidade de ensino de alto nível, a Fundação procurou reunir um corpo docente de primeiríssima linha. Inicialmente buscou executivos na iniciativa privada, que tivessem comprovado conhecimento em suas áreas de atuação, principalmente em vendas. Depois recorreu aos talentos que já existem dentro da própria instituição, nas áreas de direito e administração. E assim foi formado o time que contará com a experiência e apoio de Julio Cezar Pauzeiro, professor e coordenador da área de finanças do Curso de Habilitação. Maria Alícia e Julio Cezar estão juntos desde o começo do processo de elaboração do curso, sob o comando de coordenador acadêmico da FGV, o ministro do STJ Antonio Saldanha Palheiro.
Informações sobre o Curso
O curso se divide em 2 conteúdos: Programa Basic e Programa Inovation. O Basic, como o próprio nome diz, tem uma carga horário menor (130hs, algo em torno de 3 meses) compatível com a rotina de quem trabalha e estuda. Já o Programa Inovation é mais diversificado, e aborda temas como marketing digital, open insurance, Blockchain, LGPD, dentre outros assuntos atuais e importantes para que o corretor atue como amplo consultor de proteção, explica Maria Alicia.
O curso ainda não está no ar, mas é certo que incluirá todos os ramos, e seu valor poderá ser parcelado no cartão de crédito. Nos dias 09 e 10 de outubro próximo, por exemplo, já teremos o primeiro exame da habilitação de corretores. Mais informações podem ser acessadas pelo site seguros.conhecimento.fgv.com.br . Os conteúdos terão foco na prática, no dia a dia do mercado, segundo Julio Cezar Pauzeiro. “Como a exigência mínima para o candidato é ter o ensino médio completo, nossa escolha foi criar um produto EAD moderno, interativo, que se utiliza das ferramentas da internet como podcasts, games, infográficos, tudo para prender a atenção dos nossos alunos e, naturalmente, muitos exemplos práticos. Nós transformamos completamente o conteúdo convencional para simplificar o entendimento e oferecer um modelo de ensino híbrido, além das aulas on-line que são cansativas para quem enfrentou de dia uma jornada intensa de trabalho”.
JNS: Como você enxerga o corretor nesse processo de transformação?
Maria Alicia: O corretor de seguros tem um espaço enorme para atuar, mas ainda é um profissional desconhecido do grande público, especialmente por conta de sua importância para a sociedade. Nós temos o dever de mudar isso. A profissão é uma das 8 mais valorizadas no mundo, e passará por mudanças bem menos agudas que outras. Mas é determinante que o corretor entenda que a tecnologia tem alterado o modo como nós vivemos. O melhor exemplo disso é a transformação pela qual o seguro automóvel passa. Agora o seguro não é mais do carro, é do motorista, já que com este novo conceito de mobilidade, ele estará seguro nas mais diversas situações – na locação, no compartilhamento, ou como proprietário, escolhendo livremente as coberturas que deseja contratar.”
JNS: Fale mais dos diferencias do curso de habilitação da FGV.
Julio Cesar: “Além de oferecermos um corpo docente de primeira linha, nós tivemos uma preocupação muito grande com a formatação do desenho pedagógico e acadêmico, que se não forem bem dimensionados levam a evasão. Para isso temos a tecnologia a nosso favor, que por meio das plataformas digitais transforma o conteúdo e prende a atenção do aluno. Esse modelo de ensino híbrido, que combina as aulas teóricas on-line com conteúdos complementares em formato de podcast, de games e infográficos, faz com que o produto EAD final fique mais leve e aproxime cada vez mais o aluno do dia a dia do mercado. Nós queremos certificar corretores de seguros, aptos a terem mais sucesso em seu processo de venda.”
Fonte: JNS, 25/08/2021.
