“Direto & Reto com Camillo” trouxe milhares de corretores paulistas para o centro do debate

A gente não pode afirmar que o programa Direto & Reto com Camillo seja propriamente um campeão de audiência, até porque se formos conferir o canal no YouTube veremos que o número de inscritos gira em torno dos 4 mil. É pouco? É muito para um sindicato? A questão não é essa. A questão é o número de pessoas que o canal impacta. O programa mais recente, com o tema “Amplie seus negócios com o Sincor-SP”, transmitido em 25 de agosto último, alcançou algo próximo de mil visualizações. Foi a 30ª edição da série, que acontece toda última quarta-feira do mês. Outros temas, como o que tratou da LGPD, chegaram a atingir mais de 3 mil internautas on-line. Qual tamanho de evento presencial seria preciso organizar para receber este público, numa única manhã? O JNS resolveu então bater um “papo reto” com Alexandre Camillo, o âncora do programa e presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP), para entender o fenômeno. Confira a seguir.

JNS – A que você atribui o sucesso do programa “Direto & Reto com Camillo”?

Camillo – A pandemia, inegavelmente, fortaleceu as plataformas digitais como ferramenta de conexão entre as pessoas, empresas e serviços. A vantagem aqui no Sincor é que o programa já estava no ar e era conhecido de grande parte dos corretores. A nossa revolução digital aconteceu antes da pandemia. Eu posso afirmar que estávamos prontos para o momento que veio mudar tudo em nossas vidas a partir de março de 2020.

JNS – Então é possível afirmar que foi a pandemia que impulsionou o programa e trouxe o corretor para o centro do debate dos grandes temas da classe?

Camillo – Não exatamente. Vamos dizer que esta foi a segunda etapa, a que consolidou o “Direto & Reto”. Antes disso, um ano antes da pandemia, eu havia saído de uma campanha política exaustiva. Foi no final de 2018, quando concorri a uma vaga para a Assembleia Legislativa de São Paulo, mas não obtive o número de votos de que precisava. Neste momento, senti uma grande necessidade de me reposicionar, de me encontrar com a minha persona, com o “Camilo como ele é”. Aí eu vi no programa uma grande oportunidade de falar, de dizer o que penso, e mostrar como faço política. Não estava me importando com a audiência. Eu tenho plena convicção de que o sucesso de um líder, ou de um apresentador, está na sua essência, na verdade que traz da sua vida e põe em todas as outras coisas – na família, nas amizades, no trabalho, e também na política. A mentira é o atalho dos tolos, e o grande prejudicado acaba sendo o próprio mentiroso.

JNS – Como é o formato do programa?

Camillo – O propósito, e o mais difícil, é prender a atenção de todos, com conteúdo de qualidade. Como o “Direto & Reto com o Camillo” vai ao ar toda última 4ª feira do mês, temos tempo para debater a pauta e estruturar o programa. O segredo é saber usar o tempo, de forma que prenda a atenção de quem assiste e participa. O programa é aberto a perguntas pelo chat, tem debates com outros convidados, é bem ágil. Todo mundo tem a oportunidade de se manifestar. Com certeza foi este formato que atraiu o grande número de interessados. Não tem fórmula secreta.

JNS – E como o Sincor-SP escolhe o conteúdo?

Camillo – Nós temos uma pauta fixa e outra variável. A fixa traduz a essência do plano de gestão da atual diretoria do Sincor-SP, o empreendedorismo. Queremos ser reconhecidos como um balcão de oportunidades para os corretores de seguros que estejam engajados neste novo momento da sociedade, num ambiente digital, absolutamente conectada. A pauta variável é escolhida quando algum fato relevante acontece no mercado e de alguma forma os corretores de seguros são impactados, seja por medidas adotadas pela Susep, seja por transformações tecnológicas, enfim. São assuntos que entram na pauta sem avisar, e aí escolhemos os melhores debatedores para levar ao público esclarecimentos a respeito daquele tema em questão. Fizemos isso com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, e muitas circulares e decisões da Susep.

JNS – Você acredita que o Sincor-SP conseguiu de alguma maneira mudar o mindset da classe com o “Direto & Reto com Camillo”? Ela está mais “antenada”?

Camillo – Claro que o programa ajudou, é fato. Mas o Sincor-SP tem hoje uma infraestrutura robusta de comunicação e serviços. O programa, por exemplo, é parte de outros conteúdos da TV Sincor. Nós temos também o Sincor Digital, um aplicativo para simplificar o dia a dia dos corretores, que funciona como um posto avançado do Sindicato, só que na palma da mão. Está tudo lá! Mas o grande feito da nossa administração foi a parceria com a ENS. São cursos e palestras no formato Ead e presencial de qualidade admirável. A Escola de Negócios e Seguros passou por uma profunda transformação nestes últimos anos, de forma que a nossa essência de gestão se encaixou perfeitamente ao novo propósito da instituição. Foi esta parceria que transformou a Unisicor numa plataforma de ensino a distância. Aí veio a pandemia para mostrar que nossas escolhas foram na direção certa. Nós já estávamos prontos para enfrentar esse novo desafio que se impôs.  De resto, a condição imprescindível para o corretor de seguros se tornar um grande empreendedor é ter conhecimento. Eu fico muito feliz por deixar esse legado para a classe.

Alexandre Camillo encerra a sua segunda gestão à frente do Sincor-SP no próximo 31 de dezembro.

Fonte: JNS, 20/09/2021.

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