O mercado latino-americano vem demonstrando resiliência, apesar dos ventos econômicos adversos decorrentes da inflação elevada e das condições monetárias restritivas. De acordo com o último Relatório de Mercado da América Latina do Swiss Re Institute, prevê-se que o total de prêmios na região ultrapassará o produto interno bruto (PIB) em 2023-2024.
 

É esperado que o PIB real da América Latina cresça 2,0% e 1,7% em 2023 e 2024, respectivamente. A desaceleração anual pode ser atribuída ao crescimento mais lento no Brasil e México, que juntos representam cerca de 60% do PIB regional. No entanto, a regra geral para o restante da região é uma aceleração do crescimento em 2024, à medida que o aperto monetário continue a diminuir no segundo semestre de 2023 e ao longo de 2024.
 

No panorama de seguros, as perspectivas continuam positivas para a região:

  1. O crescimento dos prêmios deve ultrapassar o crescimento do PIB. Espera-se que os negócios Patrimoniais & Responsabilidades (P&C) se beneficiem do recente afluxo histórico de Investimento Direto Estrangeiro, que pode continuar devido à reorganização das cadeias produtivas globais. Ao mesmo tempo que a área de Vida & Saúde (L&H) ainda está a ganhar com o aumento da sensibilização para os riscos decorrentes da pandemia.
  2. O endurecimento dos preços continuará a prevalecer, à medida que as seguradoras façam os ajustes ascendentes de precificação necessários para compensar a inflação elevada e os maiores custos com sinistros.
  3. Espera-se que o novo equilíbrio das taxas de juros seja superior ao que prevalecia antes da pandemia, o que beneficia o resultado financeiro e ajuda a aumentar a rentabilidade das seguradoras.

No contexto local, o Brasil se destaca por:

  • Desempenho e atividade econômica superiores às expectativas de crescimento na região para 2023;
  • Previsão de crescimento da economia brasileira de 1,5% em 2024, desacelerando em relação aos 3,1% previstos para este ano;
  • Inflação continuará a desacelerar e o aperto monetário, a diminuir.Espera-se que a inflação permaneça acima do centro da meta este ano, mas atinja uma média de 4.1% em 2024.

Fonte: Imagem Corporativa, 31/10/2023.

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