ARTIGO Exercer Governança é saber ter sabedoria, crítica e auto-crítica
Marcio Coriolano, economista

Diz o vulgo que o diabo é diabo porque é velho, experiente. Acho que assim também são os santos e as pessoas comuns. Eu não sou tão velho e me alinho com as pessoas comuns. No setor de seguros em geral, e no de saúde suplementar, a experiência me diz que a velocidade das transformações de todas as naturezas não está sendo acompanhada de avaliações maduras. Sejam de qualquer idade. A maturidade não tem faixa etária. É uma condição de conhecimento (estudo), espírito aberto e crítico. Pois, esses nossos mercados estão muito voláteis, muito marqueteiros. A profusão de notícias ruins e boas que assolam diáriamente nossas mídias necessita de muita qualificação e reflexão. O mundo não está acabando nem se tornado virtuoso. São as conjunturas voláteis e suas análises igualmente voláteis que estão a confundir muitas coisas. Enfim, parece ultrapassada há muito o momento de confiar sempre desconfiando de notícias (quaisquer que sejam) apressadas e bacanas pela marca de suas fontes. Acho que assim, encarando – com conhecimento, crítica e sabedoria -, esse turbilhão de notícias pouco qualificadas, o progresso dos seguros acontecerá de forma mais consistente e perene. Para não dizerem que faltou praticidade nessa minha fala, basta verificar as várias companhias do setor de seguros e saúde privada que foram do inferno ao céu (e ida-e-volta) na bolsa de valores, em poucas semanas. E assim igualmente foi o vai-e-volta das “análises” de fundos e gente notória sobre elas. Exercer Governança é saber ter sabedoria, crítica e auto-crítica.

Escrito por Marcio Coriolano, economista (PUC/Rio), Membro do Conselho Consultivo da CNseg – Confederação Nacional das Seguradoras, em 01/04/2023.

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