No dia 27 de fevereiro, a Escola de Negócios e Seguros (ENS) promoveu a live “Regulação de Seguros, Saúde Suplementar e Finanças: Novo Governo e Novas Perspectivas”. O evento teve como convidada especial a advogada Angélica Carlini, coordenadora Acadêmica da pós-graduação em Regulação de Seguros, Saúde Suplementar e Finanças, da ENS.
O encontro foi conduzido pela diretora de Ensino Técnico da ENS, Maria Helena Monteiro, que abordou temáticas considerando as perspectivas diante do novo governo do Brasil. “Organizamos essa live pensando nas grandes mudanças que o Estado tem que acompanhar. As coisas estão acontecendo numa velocidade muito grande e o Estado e a regulação têm que acompanhar tudo isso”, destacou Maria Helena.
Temas prioritários
A diretora questionou como será a regulação do setor de seguros privado nos próximos anos. “Que temas serão prioritários? Como você imagina que será o impacto desses assuntos na regulação?”.
Segundo Angélica Carlini, o panorama atual tem muitas variáveis. “A campanha do atual presidente foi feita em cima de questões sociais. O seguro é importante para todas as camadas da população e é importante, principalmente, para as camadas de baixa renda da população”.
Por isso, Carlini aposta no surgimento de novas soluções no setor. “Pode ser que esse governo, dentro das novas perspectivas, tenha interesse no desenvolvimento de produtos de seguros que atendam a essas camadas. Esses novos produtos terão que ser regulados e nós vamos precisar dialogar sobre isso”.
Já no âmbito da Susep, que no momento tem superintendente interino, a coordenadora afirmou que será necessário diálogo. “Seja quem for que venha a ocupar a Susep, vamos precisar estar preparados tecnicamente para lidar com essa nova liderança. As prioridades do setor todos nós conhecemos. Mas precisamos apresentar isso como perspectiva, dialogar sobre isso, dizer o que o setor quer e como ele espera que a regulação aconteça”.
Inovação
Outro ponto que merecerá atenção, segundo a docente, é na esfera da inovação. “Parece que não há como fugir das questões que envolvem a inovação e os novos mecanismos utilizados. Isso é uma realidade. E não é só aqui, na União Europeia também, que exerce um protagonismo na regulação”.
Angélica Carlini pontuou ainda que, no caso da inovação, não se trata apenas de tecnologia. “O que as pessoas precisam compreender é que a tecnologia viabiliza uma quantidade de novos produtos, de novas coberturas de seguros e de novas formas de distribuição. E daqui a alguns anos, vai viabilizar uma atividade de seguro que seja muito mais uma prestação de serviço e gerenciamento de risco”.
Ela explicou que, para que tudo isso aconteça, será necessária regulação. “E precisamos de uma regulação que não mate a boa ideia no ninho. Porque o custo de observância da regulação precisa ser pensado. Não pode ser tão volumoso, que torne a ideia impraticável, e, ao mesmo tempo, não pode ser tão frágil a ponto de deixar a sociedade sem a segurança que ela precisa”.
Nesse sentido, Carlini reforçou, mais uma vez, a importância do diálogo. “Buscamos esse equilíbrio com uma regulação que dê segurança para a sociedade e que não inviabilize os novos modelos de negócio. Como vamos resolver essa equação? Conhecendo a regulação e sabendo tecnicamente dialogar na hora em que for preciso junto aos órgãos reguladores”.
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Confira a live na íntegra no canal da ENS no YouTube.
Fonte: ENS, 07/03/2023.