Alimentação equilibrada, atividades físicas e sono regrado estão entre hábitos para as pessoas viverem com qualidade sua longevidade
Por conta do Mês do Idoso, celebrado em outubro, o tema envelhecimento ganha ainda mais força no período. No mundo, a parcela com 65 anos ou mais deverá passar de 10% em 2022 para 16% em 2050, de acordo com pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, levantamento do IBGE mostra que 1 em cada 4 brasileiros será idoso em 2060.
Para que as pessoas possam viver com qualidade os anos que terão a mais, as preocupações com a saúde passam a ser, cada vez mais, uma prioridade para toda a sociedade. Por isso a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou a “Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030)”, para reforçar a importância da mudança de comportamento das pessoas em relação ao avanço da idade. A iniciativa consiste em um plano de ações voltado aos idosos, e que reúne os esforços de governos, sociedade civil, agências internacionais, profissionais, academia, mídia e setor privado para melhorar a vida desse grupo, de suas famílias e comunidades.
Doenças prevalentes entre idosos
De acordo com a dra. Daniele França, gerente médica das clínicas Meu Doutor Novamed na cidade de Salvador, após os 60 anos,algumas doenças passam a ser mais prevalentes, como hipertensão, diabetes, doenças osteoarticulares e as neoplasias. “A principal tarefa das próximas décadas será diminuir a morbidade, e avançar com o envelhecimento saudável e ativo”, explica a médica.
“Precisamos rever o conceito de envelhecimento. As pessoas estão vivendo mais e podem ter qualidade ao longo das mudanças que chegam com a idade. A prevenção e os cuidados com a saúde impactam diretamente no processo. O modelo de Atenção Primária à Saúde contribui para melhores desfechos nos atendimentos, alcançando, conforme apontam especialistas, cerca de 80% de resolutividade nas demandas de saúde”, diz Aline Thomasi, superintendente da rede Meu Doutor Novamed. “Para isso, recomendamos o cuidado multidisciplinar, com um olhar integral para a saúde, enxergando o paciente de forma preventiva em todas as suas necessidades, e não apenas o combate pontual à uma doença”, completa.
Prevenção para uma longevidade com bem-estar
A dra. Daniele França destaca alguns hábitos que contribuem para a longevidade com saúde:
- Ter uma alimentação equilibrada, com a ingestão adequada de nutrientes necessários para o organismo;
- Praticar atividade física. O exercício retarda o declínio natural do desempenho físico que ocorre com o envelhecimento. Muitos estudos têm demonstrado que os idosos mais ativos preservam maior e melhor mobilidade e, consequentemente, são mais independentes;
- Dormir bem. Enquanto dormimos, nosso organismo realiza funções extremamente importantes, como a liberação de hormônios, preservação da memória e a reparação celular;
- Controlar o estresse. Uma pessoa com estresse constante pode desenvolver uma série de sintomas indesejáveis e doenças. É possível, no entanto, combater o estresse e treinar o nosso organismo para ser mais resistente às exigências do dia a dia, incluindo na rotina atividades recreativas, a prática de um hobby, meditação e pausas na jornada de trabalho;
- Hidratar-se. Dentre outras funções, a água atua na lubrificação de articulações, na regulação da temperatura corporal e no transporte e distribuição de vitaminas, minerais, glicose, oxigênio e outros nutrientes para todas as células. Por isso, é importante a ingestão adequada;
“O envelhecimento saudável é um processo contínuo de otimização da habilidade funcional e de oportunidades para manter e melhorar a saúde física e mental, promovendo independência e qualidade de vida ao longo da vida”, frisa a dra. Daniele. - Fonte: APPROACH, 11/10/2022.