Executivos de destaque do mercado participaram do evento, que reuniu cerca de 130 participantes

Com auditório lotado e debates de alto nível, o Clube de Seguros de Pessoas e Benefícios da Bahia (CSP Bahia) realizou, no dia 22 de maio, em Salvador, o evento Mesa-Redonda: Desafios e Oportunidades da Saúde Suplementar no Brasil.

Reunindo cerca de 130 participantes, entre executivos do mercado, corretores, gestores e profissionais da saúde, o encontro teve como objetivo discutir os principais desafios enfrentados pelas empresas do setor e os caminhos possíveis para promover mais eficiência, sustentabilidade e acesso à saúde no País.

A mesa contou com a participação de nomes de destaque: André Rosas, diretor-executivo comercial da operadora Hapvida (patrocinadora do evento), Mariléia Souza, gerente sênior da Bradesco Saúde, Luiz Bertone, diretor-geral da Nordeste Saúde, e Rodrigo Aguiar, superintendente comercial e de produtos Saúde e Odonto da Seguros Unimed. A mediação ficou a cargo do diretor de Saúde Suplementar do CSP Bahia, Paulo Rangel, que conduziu as discussões com perguntas que estimularam reflexões relevantes sobre o presente e o futuro da saúde suplementar.

O presidente do CSP Bahia, Antônio Daniel Mota, abriu o evento saudando o público e reforçando a importância do diálogo técnico e transparente entre os diversos atores do setor. Na ocasião, ele entregou placas de boas-vindas às novas beneméritas do Clube: Nordeste Saúde, Solidus Administradora e Texas Seguros. “O CSP Bahia permanece liderando as discussões de temas importantes para os segmentos de pessoas e benefícios. Desta vez, trouxe executivos relevantes no cenário nacional de saúde suplementar para debater as necessidades do setor”, afirmou.

Entre os temas discutidos estiveram o papel da atenção primária, o envelhecimento da população, a busca por modelos sustentáveis de operação, o uso da tecnologia e da inteligência artificial, as possibilidades de regionalização das operadoras e o impacto da regulamentação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Para Mariléia Souza, da Bradesco Saúde, a sustentabilidade do setor depende, sobretudo, de uma mudança de mentalidade. “O problema não é o envelhecimento da população, mas o envelhecimento doente. Precisamos investir em letramento em saúde, prevenção e atenção primária, com foco no paciente e não apenas na doença. O desafio é como oferecer o melhor dentro dos limites dos recursos disponíveis, invertendo a lógica atual e apostando em ações preditivas para que o indivíduo adoeça menos a cada ano”, destacou.

Luiz Bertone, da Nordeste Saúde, reforçou o valor do olhar regionalizado. “Resgatar o modelo das operadoras que nasceram com foco local e forte relacionamento com a rede prestadora pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a gestão dos beneficiários. Esse é um dos pilares da retomada da Nordeste Saúde, operadora 100% baiana, que aposta na regionalização como caminho para um cuidado mais próximo e eficiente”, pontuou.

Rodrigo Aguiar, da Seguros Unimed, comentou sobre a proposta de sandbox regulatório da ANS, destacando seu potencial como ferramenta de inovação. Ele ressaltou que, embora a ideia de testar novos modelos de operação seja positiva e amplamente utilizada por outros setores, como o financeiro, sua aplicação no segmento de saúde suplementar exige cautela e amplo diálogo com os agentes do mercado. “A desregulamentação pode ser um caminho para ampliar o acesso e flexibilizar ofertas, mas precisa ser conduzida com responsabilidade, escuta e planejamento para alcançar os resultados esperados”, ponderou.

Já André Rosas, da Hapvida, destacou o papel da verticalização como estratégia para o controle de custos e a eficiência operacional. “A verticalização por si só não resolve tudo. É preciso integrá-la a um sistema robusto, com tecnologia própria e profissionais qualificados. A Hapvida opera hoje com 88 hospitais, 70 pronto-atendimentos e mais de 880 unidades em todo o Brasil. A gestão integrada permite melhor controle, sinistralidade reduzida e maior qualidade no cuidado ao paciente”, explicou.

Ao final, os participantes puderam interagir com perguntas aos painelistas, tornando o encontro ainda mais rico e dinâmico. Para o mediador Paulo Rangel, o sucesso da mesa-redonda reafirma o papel do CSP Bahia como agente de conexão entre o setor e a sociedade. 

“Esse evento foi idealizado para mostrar ao mercado de saúde suplementar a visão de um dos seus principais agentes, as operadoras, a sua visão de negócio, suas ações de promoção à saúde e expectativas para 2025. Foi excelente termos de forma diversificada uma operadora local que está em plena expansão, uma representante de cooperativas médicas que tem um modelo único de atender, a maior seguradora de saúde do Brasil e a maior operadora do mercado brasileiro. Uma conversa fluída, interativa e participativa”, enfatizou. 

O evento foi gravado e está disponível na íntegra no canal oficial do CSP Bahia no YouTube, permitindo que mais profissionais do setor tenham acesso aos debates e reflexões apresentados.

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