Mesmo com o avanço tecnológico, setor continua sendo movido por pessoas e pela escuta ativa que busca fortalecer a proteção da sociedade

Palco de grandes debates sobre os rumos do mercado segurador, a 20ª edição do Congresso dos Corretores de São Paulo (Conec) mostrou como a transformação digital está revolucionando a profissão, especialmente com a inteligência artificial. No evento, ocorrido no Distrito Anhembi, na capital paulista, a Allianz reforçou o papel estratégico da corretagem e a capacidade de adaptação, inovação e protagonismo daquele que é o elo do setor de seguros com a sociedade.

Presidente da Allianz, Eduard Folch (foto) esteve na “SinergIA Digital – O futuro inteligente do corretor de seguros”, plenária principal do Conec 2025. Na apresentação, realizada na manhã do sábado (27), com a mediação de Edson Fecher e Rogério Freeman (1º tesoureiro e 2º secretário do Sincor-SP, respectivamente), o executivo destacou o uso das tecnologias emergentes e da inteligência artificial pelos profissionais, ressaltando a janela de oportunidades a quem souber se adaptar e explorar o potencial dessas ferramentas.

“A tecnologia sempre esteve presente no mercado de seguros, que, ao longo dos anos, se adaptou tecnologicamente a qualquer situação. A diferença para os dias de hoje está no fato de que a inteligência artificial é exponencial e muito mais rápida às mudanças”, explicou. “Entretanto, o nosso negócio continua sendo feito de pessoas para pessoas. Segue construído por meio da confiança que o cliente tem no seu corretor. E essa confiança começa a partir do momento em que o corretor passa a entender a vida do segurado e da sua família e, assim, fazer uma venda consultiva e oferecer aquilo que ele realmente precisa.”

Eduard destacou que a inteligência artificial pode ser uma grande aliada na rotina dos corretores ao automatizar processos e potencializar a personalização no relacionamento com os clientes. Segundo ele, as ferramentas de IA ajudam desde a identificação das soluções mais aderentes ao perfil de cada segurado até o desenvolvimento de campanhas institucionais para a própria corretora. “A IA não deve ser vista como uma ameaça, e sim como uma tecnologia acessível que traz muitas possibilidades para apoiar o corretor em tarefas administrativas. Cada profissional deve considerar as suas necessidades e entender como a inteligência artificial pode melhorar a operação da sua empresa. Também aproveitem a oportunidade para absorver todo o aprendizado que a IA pode nos trazer, pois 5% do nosso aprendizado acontece através da escuta, 10% por meio da leitura e todo o restante experimentando.”

Agentes de transformação

A Allianz também participou da “1ª Jornada de Transformação”, que aconteceu na tarde da sexta-feira (26). Com o tema “Corretores como agentes de transformação: o impacto dos seguros na sociedade”, Nelson Veiga (diretor executivo Comercial) e Fábio Morita (diretor executivo de Automóvel, Massificados e Vida) reforçaram, por meio de exemplos práticos e casos reais, a importância do corretor para os negócios e para o fortalecimento da proteção financeira da sociedade.

“O nosso setor cresceu 12% em 2024, representa 6,2% do PIB nacional e pagou R$ 154 bilhões em indenizações de janeiro a julho deste ano. Ou seja, não se trata apenas de prêmios arrecadados, e sim devolver à sociedade e ajudar famílias e empresas a se reerguerem diante de imprevistos. Discutir o papel dos corretores é muito relevante, especialmente neste momento em que as necessidades da sociedade estão mudando. Por isso, é importante que as seguradoras atuem por meio da escuta ativa dos corretores parceiros para que possam ofertar aquilo que o cliente realmente precisa”, disse Nelson, destacando que o entrosamento entre as áreas Comercial e de Produtos das companhias também garantem o sucesso dessa operação.

Apesar do tamanho e da relevância do setor no Brasil, Fábio Morita lembrou que ainda existe uma grande lacuna de proteção a ser preenchida. Carro-chefe do segmento, o seguro Auto está presente em apenas 30% da frota em circulação atualmente, enquanto o seguro Residência protege somente 17% dos imóveis. O seguro de Vida, fundamental para garantir tranquilidade às famílias, tem um alcance entre 9% e 13%. “Vemos mais aderência a bens do que à vida e isso não se aplica só ao Brasil, mas em outros países também. O que é um desafio, porque há produtos vendidos e outros comprados. O Vida é um exemplo de produto vendido, assim como o seguro de Responsabilidade Civil. Se 70% da frota não tem seguro Auto, o corretor pode incentivar a venda do RC para minimamente proteger as outras pessoas”, disse, frisando que, hoje, 80% dos seguros são adquiridos diretamente com o corretor.

Segundo Morita, as lacunas ficam ainda mais evidentes quando acontecem grandes eventos. Nestes cenários, o efeito que se gera é a conscientização de como a falta de proteção amplia os impactos sociais e econômicos, fato que precisa ser sempre lembrado. O diretor frisou, ainda, o lado humano do segmento e da atuação desses profissionais. “O seguro não é apenas um contrato. É presença e apoio real em momentos de crise. Quanto mais o seguro cresce, mais a sociedade fica segura. Essa é uma missão muito bonita que nós temos.”

Allianz no Conec

Promovido pelo Sincor-SP com o apoio da Escola de Negócios e Seguros (ENS), o Congresso dos Corretores de Seguros (Conec) reúne palestrantes, especialistas do setor e visitantes. Além da participação na 1ª Jornada de Transformação e no painel “SinergIA Digital – O futuro inteligente do corretor de seguros”, a Allianz, que é patrocinadora do evento, recebeu os corretores parceiros em um estande exclusivo na Exposeg, que aconteceu paralelamente ao Congresso.

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