Em maio, foram indenizados o total de R$ 22,6 bilhões, o maior valor nominal da série histórica mensal
Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou que os pagamentos de indenizações do mercado segurador, excluindo a Saúde Suplementar, aos consumidores e empresas somou quase R$ 100 bilhões nos cinco primeiros meses de 2024, avanço de 2% em relação ao ano passado. Somente em maio, impulsionados pelos pagamentos feitos aos segurados do Rio Grande do Sul em decorrência das enchentes que impactaram a região, foram indenizados o total de R$ 22,6 bilhões, o maior valor nominal da série histórica mensal, representando crescimento de 14,5% sobre 2023. Apenas no estado gaúcho, em maio, foram pagos aproximadamente R$ 2 bilhões, valor 175,2% superior ao do ano passado.
Os principais responsáveis para resultado, no comparativo com maio de 2023, foram: o Seguro Automóvel, que pagou 416,5% a mais em indenizações no mês, totalizando R$ 925,7 milhões; os seguros Patrimoniais, que congregam o Residencial, Condomínio, Empresarial, Grandes Riscos, Riscos de Engenharia, dentre outros, pagaram R$ 314,8 milhões, crescimento de 1.234,0%; o Seguro Rural com mais de R$ 194 milhões retornados aos produtores, avanço de 112,7%; e o Seguro Habitacional com R$ 86,9 milhões pagos, alta de 1.713,9%. O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, explica que “somados, esses produtos foram responsáveis por quase 90% do montante desembolsado pelo setor de seguros para o Rio Grande do Sul no mês”.
Arrecadação
Ainda desconsiderando a Saúde Suplementar, em termos de demanda, o setor continua a observar aumento na procura por produtos que protegem os bens, a vida e a renda dos consumidores e das empresas. Segundo a CNseg, nos cinco primeiros meses de 2024 foram arrecadados R$ 174,6 bilhões, crescimento de 17,2% sobre 2023. Tal avanço tem sido impulsionado, principalmente, pelo aumento na procura por planos de Previdência Aberta, que, no ano, já acumulam quase R$ 80 bilhões em contribuições, 26,7% a mais que em 2023.
Apenas em maio, o setor segurador arrecadou R$ 35,8 bilhões em prêmios de seguros, contribuições em planos de previdência e faturamento com títulos de capitalização, montante 13,8% superior àquele de maio de 2023. Para o presidente da Confederação, a alta contínua é reflexo de um ambiente em que a segurança financeira e a proteção contra riscos são cada vez mais valorizadas pelos consumidores.
Um dos produtos que tem se beneficiado das percepções do consumidor em relação à segurança financeira familiar é o Seguro Funeral. Nos primeiros cinco meses de 2024, o produto arrecadou R$ 710 milhões, avanço de 27,7% sobre o mesmo período de 2023, e pagou mais de R$ 105 milhões em indenizações aos beneficiários, na forma de reembolso de despesas ou de prestação de serviços, desde que relacionados à realização do funeral.
O Seguro Funeral desempenha um papel crucial em garantir que os familiares possam lidar com os aspectos práticos e financeiros de um funeral de maneira adequada e digna, permitindo que o foco seja mantido no apoio emocional e na despedida do ente querido. As coberturas podem compreender: transporte do corpo até o município de residência do segurado, no caso de o falecimento ter ocorrido em outro município; tratamento das formalidades para liberação do corpo; registro de óbito em cartório; atendimento e organização do funeral; sepultamento; cremação; locação e aquisição de jazigo; e outros serviços que estejam diretamente relacionados ao funeral.