JNS – Jornal Nacional de Seguros

Demanda por seguros cresce quase 14% em três meses

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg

Foram mais de R$ 100 bilhões arrecadados entre janeiro e março; e indenizações de quase R$ 57 bilhões
 

No primeiro trimestre de 2024, a procura pelos produtos que protegem o patrimônio, o futuro e estimulam a disciplina financeira dos consumidores avançou 13,7%, arrecadando cerca de R$ 103 bilhões, desconsiderando Saúde Suplementar. De acordo com o levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), esta foi a primeira vez que a marca dos R$ 100 bilhões em prêmios de seguro, contribuições em planos de caráter previdenciário e faturamento de títulos de capitalização foi atingida nos três primeiros meses do ano. Apenas em março, esse montante foi de R$ 34,7 bilhões, 7,3% a mais que no mesmo mês de 2023.
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Em paralelo, até março de 2024, excluindo a Saúde Suplementar, o setor de seguros pagou, mais de R$ 56,9 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, volume 5% inferior ao do mesmo período do ano passado. A queda ocorreu, principalmente, pela redução de R$ 3 bilhões no volume de resgates dos planos de Previdência Aberta da Família VGBL, redução de 9,9%.
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De acordo com o presidente da Confederação, Dyogo Oliveira, o desempenho dos planos de Previdência Aberta no período pode ser resultado da influência de fatores como o aumento da preocupação com o futuro, particularmente com a aposentadoria, o envelhecimento e a necessidade de mais recursos por mais tempo. O executivo destaca que a redução no volume de resgates também pode ser atribuída a um maior dinamismo da renda familiar e das condições do mercado de trabalho.
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Um dos destaques do período foi o Seguro Habitacional. O produto é contratado obrigatoriamente em financiamentos imobiliários e serve como uma garantia fundamental para as operações de financiamento imobiliário, seja para aquisição ou para a construção de imóvel residencial. Este ramo avançou 10,7% no acumulado de janeiro a março de 2024, totalizando mais de R$ 1,7 bilhão em arrecadação. Pela ótica das indenizações, o produto retornou aos segurados R$ 412,5 milhões, 11,4% a mais que no primeiro trimestre do ano passado.
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Março, por sua vez, teve o melhor desempenho nominal da série histórica, iniciada em 2007, em arrecadação, com R$ 573,3 milhões e alta de 10,2%. No terceiro mês do ano, as seguradoras que comercializam o produto também constataram alta de 5,1% no pagamento de indenizações, aproximando-se de R$ 137,6 milhões. 
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O Habitacional, segundo o presidente da CNseg, garante, no mínimo, a quitação do saldo devedor do imóvel financiado, em decorrência dos riscos de morte e invalidez permanente do segurado e, caso ocorram danos físicos, a reconstrução do imóvel financiado. “Dessa forma, ele protege financeiramente todas as partes envolvidas, tanto o comprador do imóvel quanto a instituição financeira”.
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Atualmente, o Seguro Habitacional contempla duas modalidades. O Seguro Habitacional em Apólices de Mercado garante a quitação do saldo devedor do imóvel financiado em caso de morte e invalidez permanente do segurado (MIP). E o Seguro Habitacional em Apólices de Mercado – Demais Coberturas, que se refere a coberturas dos riscos de Danos Físicos ao Imóvel (DFI) e outras coberturas que sejam contratadas adicionalmente. 
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“A cobertura de DFI garante, ao comprador, o reembolso dos gastos decorrentes dos danos físicos ao imóvel causados por, no mínimo, incêndio, raio, explosão, vendaval, destelhamento, inundação ou alagamento, desmoronamento total ou parcial e ameaça de desmoronamento”, explicou Oliveira. Neste caso, detalha o executivo, a indenização paga pela seguradora deverá ser suficiente para a reposição do imóvel em estado equivalente ao que se encontrava antes da ocorrência do dano. 

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