Ainda que digamos alto e bom som, sermos racionais, que agimos com a lógica, escudados em argumentos estruturados segundo um ditame intelectual, nossas ações cotidianas e mesmo as grandes decisões são fundamentadas em sentimento. São profundamente emocionais e, com esforço intelectual, racionalizadas.
A tecnologia provocou revoluções. A informática fez o mundo pequeno, rápido e o transformou numa aldeia global. A engenharia, em suas muitas faces, transformou o trabalho, construiu obras, inventou máquinas que substituíram nossos músculos.
A neurologia está decifrando nossa mente, entendendo como funcionamos, descobrindo como e porque agimos assim e, em uma velocidade sem precedentes, vasculhando nosso cérebro à procura de entender e influenciar o que fazemos e como pensamos.
A psicologia e a biologia não ficaram para trás. Fantásticas descobertas foram feitas por estas duas ciências.
A medicina “escaneou” nosso cérebro e fez descobertas espetaculares. Suas pesquisas, mais as descobertas da psicologia e os achados da biologia estão mudando completamente o entendimento a respeito de nós mesmos.
E, talvez, a maior importante descoberta: Que tudo começa com uma decisão. E que ela precisa estar envolvida em uma emoção. Ganhar corações e mentes (“Hearts before minds”), a partir de sentimentos.
O “porquê” é o componente emocional da decisão. Os componentes racionais permitem verbalizar ou racionalizar as razões da decisão.
O método correto, portanto, é sempre começar perguntando “Por que”?
Sabemos o que fazemos. Às vezes, sabemos como fazemos. Mas raramente sabemos por que fazemos.
Encontrar um PORQUE é um processo de descoberta e de construção, não uma invenção.
A diferenciação não acontece no “O QUE” ou no “COMO”, mas no “PORQUE”. As pessoas são humanas. Nossa biologia é a mesma. Confiança é um sentimento, não uma experiência racional. É o cérebro límbico que cria a lealdade.
Até o próximo!
Um abraço,
Artigo escrito por Itamar Ziliotto, 17/02/2021.