Em entrevista exclusiva, ministra Tereza Cristina afirma que o seguro rural é uma das prioridades da pasta
A relevância do agronegócio é o tema de destaque da nova edição da Revista de Seguros, nº 917. Não só seu peso econômico, os seguidos recordes de produção, a desenvoltura durante a pandemia e a resiliência a diversos fatores de riscos, graças ao seguro em parte – em 2020, a área agrícola protegida alcançou o recorde de 13,7 milhões de hectares e as indenizações pagas alcançaram R$ 2,5 bilhões no âmbito do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). “O seguro rural tem sido uma das prioridades do Ministério da Agricultura desde que chegamos aqui, quando tínhamos R$ 400 milhões de subvenção ao seguro e passamos para R$ 1 bilhão”, afirma a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em entrevista exclusiva.
O agronegócio enfrenta desafios também. Um pode ser considerado mais pontual e envolve o aumento de roubo e furtos no meio rural nos últimos anos. A riqueza agrícola está de vez no radar de quadrilhas especializadas e de uma rede de receptadores, provocando perdas milionárias aos produtores. O Instituto da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) criou até a publicação Observatório da Criminalidade no Campo para aferir o avanço das ocorrências, que são subnotificadas nos Estados e exigem uma política de segurança pública efetiva para as atividades rurais.
O outro desafio tem caráter mais estratégico e de imagem institucional. A irrigação lidera a demanda de recursos hídricos, segundo o relatório da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) e precisa promover ações para o uso mais racional, sobretudo em tempos em que a escassez de chuvas representa um risco para a segurança hídrica.
Nesta edição, o leitor é alertado para o perigo provocado pelo avanço da proteção veicular no País, não mais restrita ao ramo de automóvel, e para os riscos advindos de uma atividade danosa quando comercializada além das fronteiras de uma verdadeira associação restrita. Em um esforço conjunto, a CNseg e as principais entidades de representação do mercado de seguros desenvolveram ações de comunicação, com o tema “Proteção veicular não garante proteção” para prestar esclarecimentos à sociedade sobre a assimetria concorrencial, precauções que o consumidor deve tomar e para quem recorrer em caso de prejuízos. A matéria também debate a necessidade de acelerar a tramitação de projeto de lei federal que já obteve consenso sobre o tema em comissão legislativa.
Para registrar os 70 anos da CNseg, outra reportagem revisita a sua trajetória e suas principais bandeiras históricas, entre as quais a de ampliar a cultura do seguro no País e a de inclui-lo na agenda prioritária das políticas econômicas de alcance público. As consequências da Covid-19, as oportunidades de negócios no universo de consumidores que formam a chamada economia prateada- pessoas com mais de 60 anos- a falta de insumos e de matérias-primas que podem frear a retomada econômica e os sinistros ocorridos na carteira de seguros marítimos são outros temas de relevância na nova edição da Revista de Seguros.
Fonte: CNseg, 30/06/2021.